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O Que os Ninivitas Faziam com Seus Inimigos

O Que os Ninivitas Faziam com Seus Inimigos

Os ninivitas ficaram conhecidos na história como um dos povos mais temidos do mundo antigo. Sua capital, Nínive, era o centro do poderoso Império Assírio, cuja fama se espalhava não apenas pela força militar, mas principalmente pela forma cruel com que tratavam seus adversários.

O Que os Ninivitas Faziam com Seus Inimigos
O Que os Ninivitas Faziam com Seus Inimigos

Ao conquistar outras cidades, os ninivitas empregavam métodos de intimidação que iam muito além da simples vitória em batalha. Eles utilizavam práticas de extrema violência, deixando marcas de terror em todos que ouviam falar de sua reputação. Entre os registros encontrados em inscrições antigas, estão descritas ações como empalamento de prisioneiros, esquartejamentos, queimaduras vivas e a exibição pública dos corpos de seus inimigos.

Essa brutalidade não tinha apenas o objetivo de eliminar a resistência, mas também de impor medo absoluto sobre os povos vizinhos. Assim, antes mesmo de um exército assírio atacar, muitas cidades se rendiam sem luta, apenas pelo pavor do que os ninivitas poderiam fazer caso resistissem.

Portanto, quando pensamos em o que os ninivitas faziam com seus inimigos, entendemos que eles se destacavam pela combinação entre poder militar e crueldade calculada. Essa estratégia de dominação garantiu ao Império Assírio séculos de supremacia, mas também semeou ódio e revolta, que mais tarde seriam fatores determinantes em sua queda.

A crueldade dos ninivitas registrada na história

Quando buscamos compreender o que os ninivitas faziam com seus inimigos, não podemos nos limitar apenas ao que está nos registros bíblicos. A própria arqueologia e as inscrições dos reis assírios revelam a intensidade da crueldade que marcava suas campanhas militares.

Os relatos encontrados em monumentos e tabuinhas mostram que os ninivitas utilizavam práticas extremamente violentas como instrumento de dominação. Entre as descrições mais impressionantes, destacam-se o empalamento de prisioneiros, a remoção da pele de pessoas ainda vivas, a mutilação de membros e a exibição de cabeças como símbolo de poder. Além disso, há registros de cidades inteiras sendo incendiadas e populações levadas ao exílio, de modo a apagar qualquer vestígio de resistência.

Essas ações não eram apenas demonstrações de brutalidade gratuita, mas faziam parte de uma política de intimidação calculada. Assim, muitos povos preferiam se submeter sem lutar, pois sabiam exatamente o que os ninivitas faziam com seus inimigos quando estes ousavam resistir.

Diante de tanta crueldade, a mensagem dos profetas enviada a Nínive ganha ainda mais peso, pois mostra que até uma cidade marcada por tanta violência poderia receber misericórdia caso se arrependesse. Esse contraste entre o juízo e a compaixão de Deus nos faz lembrar das palavras do Salmo 34:18 (ARC): “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito.” No final do artigo, explicaremos melhor como esse Salmo se conecta à história dos ninivitas e ao tema que estamos estudando.

A violência que havia em suas mãos

Entre todas as descrições históricas e bíblicas, uma verdade se destaca: a violência era parte central da identidade dos ninivitas. Quando refletimos sobre o que os ninivitas faziam com seus inimigos, percebemos que seus atos não eram apenas isolados em guerras, mas um modo de vida marcado pelo terror e pela opressão.

A própria Bíblia reconhece essa realidade ao registrar o chamado ao arrependimento feito por meio do profeta Jonas. Está escrito em Jonas 3:8 (ARC):
“Mas sejam cobertos de pano de saco, tanto os homens como os animais, e clamem a Deus com veemência, e cada um se converta do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos.”

Essa expressão é poderosa, pois revela que até os próprios ninivitas tinham consciência de que suas mãos estavam manchadas de sangue e violência. O texto mostra que a crueldade praticada contra seus inimigos não era segredo para ninguém pelo contrário, era reconhecida publicamente como uma marca da cidade.

É nesse ponto que a história de Nínive começa a ganhar um contraste surpreendente: mesmo sendo conhecida por tamanha brutalidade, Deus ainda estendeu a oportunidade de arrependimento. Essa verdade nos lembra que, por mais dura que seja a realidade humana, há esperança para quem decide mudar de caminho.

Essa reflexão também encontra eco em um cântico dos Salmos. O Salmo 145:8 (ARC) declara: “Piedoso e benigno é o Senhor, sofredor e de grande misericórdia.” Ao final do artigo, iremos explicar de forma mais profunda como esse salmo se conecta ao tema da violência dos ninivitas e ao que podemos aprender com sua história.

O arrependimento dos ninivitas diante de Deus

Ao refletirmos sobre o que os ninivitas faziam com seus inimigos conseguimos compreender porque Jonas odiava os Ninivitas, encontramos uma contradição impressionante quando lemos o livro de Jonas. O mesmo povo que era temido por sua violência e crueldade mostrou-se capaz de ouvir a mensagem de Deus e se arrepender.

A Bíblia registra em Jonas 3:10 (ARC):
“E Deus viu as suas obras, que se converteram do seu mau caminho; e Deus arrependeu-se do mal que dissera que lhes faria, e não o fez.”

Esse versículo mostra que o arrependimento dos ninivitas não foi apenas uma emoção passageira, mas um ato prático. Eles abandonaram suas práticas de violência e voltaram-se ao Senhor com jejum, oração e mudança de comportamento. O resultado foi extraordinário: o juízo que estava prestes a cair sobre Nínive foi suspenso, e a cidade teve mais uma oportunidade de vida.

O contraste é profundo. O mesmo povo que espalhava medo por toda a região agora se humilhava diante do Criador. Essa mudança revela não apenas a gravidade de seus pecados, mas principalmente a grandeza da misericórdia divina, capaz de transformar até mesmo os piores inimigos em exemplos de arrependimento.

Esse ensinamento ecoa em diversos cânticos de Davi. O Salmo 51:17 (ARC) declara: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” No final do artigo, iremos explicar como essa mensagem dos Salmos se conecta ao arrependimento dos ninivitas e o que ela pode nos ensinar hoje.

O fim de Nínive e a justiça divina

Embora Nínive tenha experimentado um tempo de arrependimento nos dias de Jonas, a cidade voltou a se encher de crueldade e violência com o passar dos anos. A paciência de Deus é grande, mas não significa impunidade eterna. Quando retornamos à história para observar o que os ninivitas faziam com seus inimigos, percebemos que a mesma crueldade que marcou seu passado voltou a dominar o coração do povo, tornando inevitável o juízo divino.

O profeta Naum descreveu o estado da cidade pouco antes de sua queda definitiva. Em Naum 3:1 (ARC) está escrito:
“Ai da cidade ensanguentada! Ela está toda cheia de mentiras e de rapina; não se aparta dela o roubo.”

Essa declaração mostra como Nínive, mesmo após ter recebido misericórdia em outra época, escolheu novamente o caminho da violência, da injustiça e da opressão. O resultado foi a destruição completa da cidade em 612 a.C., quando a coalizão de babilônios e medos a conquistou. O império que antes inspirava temor se tornou apenas ruínas, confirmando que nenhuma potência humana se mantém de pé quando se levanta contra os princípios de Deus.

Esse desfecho nos lembra que a justiça do Senhor sempre prevalece, ainda que pareça tardar aos olhos humanos. O que aconteceu com Nínive ecoa em nossa própria vida, pois mostra que todo poder fundamentado em violência e mentira cedo ou tarde cairá.

Essa verdade se conecta com a mensagem do Salmo 37:9 (ARC): “Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra.” No final do artigo, iremos explicar como esse salmo se relaciona com a história de Nínive e quais lições podemos aplicar em nossos dias.

Leia também nosso artigo sobre: Os Ninivitas Mataram os Pais de Jonas? E entenda toda essa história de uma vez por todas.

O que aprendemos com a história dos ninivitas

Ao olhar para a trajetória de Nínive, percebemos que o que os ninivitas faziam com seus inimigos acabou se tornando também a causa de sua própria ruína. O ciclo de violência, injustiça e opressão que a cidade alimentava não poderia se sustentar diante da santidade e da justiça de Deus. Assim, a queda de Nínive não é apenas um registro histórico, mas uma advertência viva para todos os povos e indivíduos que insistem em trilhar o mesmo caminho.

Entretanto, a mensagem não é apenas de juízo, mas também de esperança. O Senhor havia dado a Nínive uma oportunidade de arrependimento nos dias de Jonas, mostrando que Deus é misericordioso e sempre oferece uma chance de mudança. Isso nos ensina que, ainda hoje, cada pessoa pode escolher abandonar os caminhos de injustiça e encontrar vida na obediência ao Senhor.